terça-feira, 27 de maio de 2014

Laroyê e Mojubá - O que significa?

As saudações à Exús e Pomba Giras podem variar de lugar para lugar, mas em geral, estas duas são utilizadas mais frequentemente em consultas, desenvolvimentos mediúnicos e giras.

*MOJUBÁ

Alguns dão o significado da palavra Mojubá como sendo “Apresentando meu humilde respeito”, no entanto, a palavra é comumente utilizada como um título, uma louvação que significa respeito e reconhecimento da grandeza e magnitude da entidade EXÚ.
Alguns acham que significa “REI” ou ainda que Mojubá seja uma saudação, como um comprimento que se faz a quem se tem respeito, a palavra também é utilizada para dizer que a pessoa é respeitada, portanto também faz analogia com outra palavra: "grande".
Na Umbanda usamos esta saudação para Exú e Pomba Gira onde dizemos:
Exú Mojubá ou Exú é Mojubá

Pode se entender por: “Exú eu te saúdo” ou “Exu é Grande, te reverencio”...
No dialeto Yorubá, podemos entender que Mojubá significa “meus respeitos”, sendo escrito da seguinte forma:
Mo jubá = meus respeitos

*LAROYÊ

Laroyê é uma palavra que significa “pessoa muito comunicativa”
Laroyê Exu! = Mensageiro, Exu!
Exu é Mojubá = Exu a vós meus respeitos!



segunda-feira, 19 de maio de 2014

Quimbanda

Um grande problema para a desmistificação da Umbanda é a colocação correta da Quimbanda e de seus espíritos, os exús e as pombas-gira. Tem gente que diz que o exu é o Diabo. Essa estúpida assertiva, muitas vezes até cometida por umbandistas, tem custado muito para nossa religião. Em todos os momentos que falamos da Umbanda não dispensamos a ladainha que a Umbanda é nova, não tem – e espero que nunca tenha, nenhuma codificação e nenhuma regra existente para diferenciar o certo do errado. Errado na Umbanda só o que fere a moral, o bom senso, a ética ou a cultura.

O exu não é o agente do mal. Ele é a entidade polêmica, misteriosa e distorcida da umbanda. Sua imagem, na crença popular, é uma figura demoníaca, moldada em gesso de cor vermelha, algumas ainda possuindo chifres e pés de animal. Absurdamente, é assim que ele é cultuado, inclusive, confesso, em nosso terreiro, muito embora saibamos que estamos fazendo parte desta massa ignorante. Mas a força da nossa intenção transforma essas imagens em elementos de ligação com esse mundo maravilhoso – dos exús. 

Acho estranho que muita gente prefira acreditar que exú é o diabo, do que crer na simplicidade de uma entidade boa e comum. Talvez seja a estranha força da imagem em gesso do exú. Será que por trás dessas figuras mal feitas e de péssimo gosto artístico não existe um engodo espiritual para esconder suas verdadeiras identidades? Vamos analisar e tentar descobrir pelo raciocínio inteligente quem eles são.

A umbanda é brasileira, baseada em fatos e personagens na época do descobrimento, tendo nos caboclos, nossos ameríndios, a figura mandante, seguido do preto-velho, simbolismo da raça africana escravizada pelos europeus e as crianças que são os espíritos de qualquer nacionalidade que tenham desencarnado na idade da inocência. Fecha-se o triângulo da Umbanda: caboclos, pretos e crianças. Sabendo serem essas as entidades que compõem a umbanda, não resta para a quimbanda, outro tipo de espírito senão os originários da Europa, no caso os nobres, príncipes, lordes, almirantes, eclesiásticos, figuras letradas e culturalmente avançados. Isso aconteceu através da evolução dessas almas pela reencarnação. Se os europeus invadiram nosso país, mataram nossos índios, escravizaram os africanos e cometeram toda espécie de mal, dentro de seus resgates cármicos podem, espontaneamente, terem aceitado a situação de serviçais àqueles que, em vidas anteriores, foram seus carrascos. A lógica desse argumento baseia-se no fato que seria estranho e de difícil aceitação um príncipe apresentar-se em um terreiro de umbanda, carregando um tridente, afirmar estar morando no cemitério, aceitar farofa, azeite de dendê, charuto e cachaça como oferenda, e ainda receber ordens de um índio ou de um escravo. O melhor é se esconder atrás de um comportamento atípico às suas nobres origens.(Fernando M. Guimarães).

sábado, 10 de maio de 2014

Tarot

 A origem do Tarot nos nossos dias é desconhecida, mas à quem diga que os antigos Egípcios já o utilizavam. O mais antigo baralho de Tarot conhecido é o Tarot de Visconti-Sforza que data de 1450. Outro é o Tarot de Mantegna, de 1460.
 Os baralhos de Tarot podem ser divididos em 4 categorias, consoante a data em que foram pintados. Assim os Tarots pintados entre 1400 e 1900 são chamados de Tarots Clássicos. A partir do início do Séc. XX passam a chamar-se Tarots Modernos. Entretanto por volta de 1975 começam a aparecer Tarots baseados tanto nos Modernos, como nos Clássicos, que se passam a designar de Tarots Surrealistas. Contudo, também apareceram, na década de 70, os Tarots Transculturais que se baseavam em Fábulas e na Mitologia.
 Estes são alguns exemplos de Tarots:

Tarots Clássicos: Tarot de Visconti-Sforza, Tarot de Mantegna, tarot de Marselha 
Tarots Modernos: Tarot dos Boémios, Tarot de Crowley, Tarot de Rider, Aquarian Tarot, Cosmic Tarot, New Age Tarot 
Tarots Surrealistas: Tantric Tarot, Tarot Universal de Dali, Tarot Mystique, Mystic Sea Tarot, Osho Zen Tarot 
Tarots Transculturais: Kier Egípcio Tarot, Astec Tarot, Tarot Mitológico, Viking Tarot.

Embora o Tarot de Marselha tenha sido redesenhado em 1925, por Paul Marteau, segue os traços dos Tarots antigos, podendo assim ser considerado Tarot Clássico. Outros Tarots que seguem os traços do Tarot de Marselha também são considerados Tarots Clássicos, como é o caso dos seguintes Tarots: Spanish Tarot, Classic Tarot, Fournier Tarot, Angel Tarot, Old English Tarot, entre outros.

Existem dois ramos relacionados com o Tarot:

A Tarologia, que estuda os símbolos, a estrutura, a filosofia e a história do Tarot; 
A Taromancia, que estuda os arcanos, os métodos, as orientações e os jogos do Tarot. 
Enfim, o Tarot é a chave mais importante para o autoconhecimento e para a evolução interior. Mas lembre-se que o Tarot é um conselheiro, e não um método só de previsão.
O Tarot é conhecido por seu papel divinatório, mas tem outros usos, como; instrumento de meditações, desenvolvimento espiritual, ritual e magia.

A magia do Tarot abalou, criou e fortaleceu impérios inteiros. Mostrou caminhos, mostrou inimigos, venceu guerras, harmonizou Palácios, sensibilizou corações de Reis valentes e destemidos. Foi estudado por magos, sacerdotes, bruxos, personalidades como Sigmund Freud, Reich, Jung, Osho, etc., exercendo influências por mais de 2000 anos. Assim são os Sagrados Arcanos do Tarot, uma poderosa ferramenta para o conhecimento, para o autoconhecimento, sendo uma lamparina que se acende na mais profunda escuridão. O Tarot é um poderoso instrumento para diagnosticar os males do físico, do espírito e o emocional. As cartas do Tarot podem nos indicar os pontos que estamos superestimando ou subestimando em nossa vida. Temos que aprender a dar o devido valor aos inúmeros aspectos que integram todo o nosso ser.O Tarot permanece ainda hoje como uma fonte de sabedoria para quem possui olhos para ver e ouvidos para escutar sua linguagem silenciosa. O Tarot são chaves simbólicas onde a função é despertar a psique para novas idéias, conceitos, sentimentos e uma nova consciência espiritual.